Baianas – Uma galeria histórica

“Mãe baiana mãe” – A partir do centenário de Dona Ivone Lara, este tem sido o fio curatorial que conduz a Teia Crítica de 2022. A galeria de imagens selecionadas pelo pesquisador Marcelo Pires homenageia a Ala das Baianas, com algumas das mais emblemáticas, bonitas e ousadas fantasias da história dos desfiles. Hoje menos valorizada do que deveria, a ala oferece um “amanhecer” no seu “colo” (“onde deito, durmo e rolo, diz o samba de Aluísio Machado e Beto Sem Braço de 1983). As baianas são o ninho ancestral e simbólico onde têm abrigo os valores e a identidade de cada escola de samba. Por isso – e muito mais – é tão importante reverenciá-las.

A seleção de Marcelo Pires foi organizada em ordem alfabética, para que se tenha noção de um conjunto, quando houver mais de uma baiana concebida por um mesmo artista. Começa com Alex Souza – e duas baianas transformadas em insetos, com muito lirismo -, termina com um clássico de Viriato Ferreira para a Portela. Entre os outros artistas que aparecem aqui, Arlindo Rodrigues, Rosa Magalhães, Renato Lage (em dupla com Lilian Rabello ou Márcia Lage), Joãosinho 30, Fernando Pinto, Luiz Fernando Reis e Leandro Vieira. Pires recupera ainda um belíssimo projeto de Kalma Murtinho para a Mangueira, que flerta com a alta costura, e mostra uma fantasia de Ney Ayala para o Império Serrano feita predominantemente com folhas de revista.

Marcelo Pires

Pesquisador e grande apaixonado por tudo que envolve o carnaval, ocupa atualmente o cargo na Diretoria Cultural dos Acadêmicos do Salgueiro. É o representante brasileiro do fórum World Wide Carnival , que mapeia as festas de carnaval nos principais polos do evento no